terça-feira, 28 de julho de 2009




A hora de Soledad Barret Viedma

* Por Urariano Mota


Amigos, aquilo que há muitos e muitos anos eu sentia por todos os poros e sentidos, aquilo que meu faro pressentia, que a hora de Soledad Barret Viedma se acercava, agora chegou. Em julho, a Boitempo Editorial publica o meu, o nosso livro, “Soledad no Recife”.

Para quem não sabe, Soledad Barret Viedma foi torturada e morta no Recife em 1973, grávida e traída, depois de entregue a Fleury pela marido, o Cabo Anselmo.

Um dos leitores de Soledad no Recife assim se expressou:

“O livro alcança e fere vários tipos de leitores, desde os que já conhecem a história do ‘massacre da chácara São Bento’ até os que a desconheçam totalmente.

É um relato candente, comovido e comovente, construído desde um ponto de vista original, qual seja, o de uma voz narrativa pertencente a quem tenha conhecido os dois protagonistas históricos da trama, Daniel, aliás, Cabo Anselmo (ou será o contrário?), e Soledad, a jovem idealista assassinada, com os demais companheiros. O relato recupera um clima de época através das letras de música com muita habilidade.

É um relato testemunhal, no sentido bíblico da palavra, e ao mesmo tempo confessional. É testemunhal porque visa dar testemunho, contar uma verdade, trazer à luz fato que revela e elucida”.

Portanto, amigos, não foi em vão esperar tanto tempo.

“Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia....

... Dizendo: - Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida”.

A bela e brava Soledad Barret Viedma volta à vida em julho. Em todas as livrarias.

* Jornalista e escritor

Um comentário:

  1. Muito obrigado, Pedro, pela série de textos sobre o nosso livro.
    Gostaria de contar com a sua presença e de todos colegas e leitores do Literário, que morem em São Paulo. O lançamento será amanhã, às seis e meia da noite, na Livraria Cultura da Av. Paulista.
    Abraço.

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