segunda-feira, 20 de julho de 2009


Manual do escritor

O leitor Jean Carlos enviou-nos alentador e-mail, a respeito do Literário, tecendo vários elogios, sobretudo, às colunas de Celamar Maione, André Falavigna, Marcelo Sguassábia e Urariano Mota. Ressalvou, porém, que gosta de todos os colunistas e destacou o que, no seu entender, é o mérito de cada um.
O ideal seria se manifestasse sua apreciação no espaço apropriado para comentários. Explicou, no entanto, que se sentia constrangido em se manifestar ali, tendo em conta a importância desses jornalistas e escritores. Bobagem, Jean Carlos. Por serem pessoas de elevada capacidade intelectual e grande sensibilidade, todos são gente simples e amável, pode crer.
Um detalhe, no e-mail do leitor, chamou a atenção especial deste Editor. Foi quando ele afirmou que os editoriais do Literário podem ser considerados, se reunidos num livro, uma espécie de “Manual do Escritor”. Embora lisonjeados, cabe-nos ressaltar que a intenção não é, nunca foi e jamais será a de ensinar quem quer que seja a escrever. Até porque, não há cursos para escritores. Ou o sujeito é, ou não é.
O objetivo primário dos editoriais é o de provocar debates, no que nos vemos (pelo menos até aqui), frustrados. Melhor é dizer isso no superlativo: sentimo-nos frustradíssimos. E não apenas com o fato destes textos introdutórios às edições diárias não gerarem o efeito pretendido, mas com a baixíssima participação dos que lêem nossa revista eletrônica.
Há dias em quer este Editor se sente tentado a abrir mão desta tarefa e entregá-la a pessoa mais competente ou, pelo menos, mais comunicativa. Cremos que todos os colunistas sentem-se frustrados quando seus textos passam em branco, sem que ninguém se manifeste a respeito.
Os editoriais não têm a mínima pretensão de serem, em conjunto, um eventual “Manual do Escritor”. Até porque, não são todos os que passam pelas peripécias narradas (embora esta seja a realidade da maioria). São observações ditadas pela experiência do editor, não somente na edição de jornais e revistas, mas, sobretudo, de livros. São sugestões que podem facilitar o caminho de muitos que sonham em encarar esta fascinante (e não raro frustrante e aterrorizante) atividade: a de escritor. Tomara que os editoriais estejam, de fato, servindo pelo menos para isso.

Boa leitura.

O Editor.

3 comentários:

  1. Importante, eu ?
    Que nada Jean, manifeste-se!
    Critique. Escreva quando sentir vontade.
    Para mim ou para outro colunista.
    Acho que aqui todo mundo é simples.
    Sem frescura.
    Aliás, esse negócio de importante é coisa da nossa cabeça.
    Todo mundo é igual e não existe na vida ninguém melhor do que ninguém. Todo mundo tem dúvidas. Incertezas. Necessidade fisiológica e vai morrer um dia.
    Eu já disse que escrevo para ser elogiada
    e para levar porrada.
    Não me incomodo com as porradas. Pelo contrário, elas são mais úteis do que os elogios.
    Pedro,
    aproveito mais uma vez, para dizer que estou amando as ilustrações escolhidas por você.
    E vamos continuar !
    A vida é isso : Plantar para quem sabe um dia colher ?
    Textos literários nem sempre causam polêmicas. Algumas pessoas gostam apenas de ler.
    Acho que é isso.
    Feliz Dia do Amigo, Pedro !

    ResponderExcluir
  2. Pedro, muito obrigado pelo post "Nunca mais feliz".

    Feliz dia do amigo,

    Paz!
    ES

    ResponderExcluir
  3. A palavra "aterrorizante" foi forte e bateu fundo. Escrever é prazer, mas imagino que o adjetivo caiba mais na expectativa dos comentários, a espera da repercussão, se houver. Comentar falando sobre o tema discorrido não chega a ser um desafio. Assim, falar sobre o assunto, ainda me atrevo, mas sobre a forma raramente tenho esse topete. Quando o faço, já preparo o escudo, pois o criticado vem com tudo para cima da gente. Mas faz parte. Os humanos são assim mesmo.

    ResponderExcluir