Janelas da consciência
* Por Pedro J. Bondaczuk
Abri
as janelas da consciência
e
descortinei a eternidade!
Sou
incógnita insolúvel,
o
“x” da equação da vida
na
ingente busca de solução.
Não
sou nada! Não sei nada!
Nada
quero de material!
Só
meu mundo não tem trevas.
Mas
nem meu sonho me é leal!
No
poema, inconseqüente,
que
quis, em vão, escrever,
está
a minha alma revelada.
Quem
me dera me encontrar,
na
minha perpétua busca,
no
meu mundo, a viver
a
quimera insatisfeita,
a
busca da felicidade.
Quem
me dera ser monera,
cosmo,
expressão sem alma,
ser
luz, ser treva, ser pedra,
ser
sonho buscando sonhos.
Vago,
no universo infinito,
tentando
descobrir meu “ego”,
a
mística auto-revelação,
vacilante,
tateante e cego.
Muito
além do zênite supremo,
dos
limites do inconcebível vácuo,
descortino,
da vida, a essência:
abri
as janelas da consciência!
(Poema composto em São
Caetano do Sul, em 3 de agosto de 1964)
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Complexo de claro ao mesmo tempo. Menino prodígio.
ResponderExcluir