Devaneio
* Por
Victor Hugo
Lo giorno se n’andava e l’aer bruno
Toglieva gli animal che sono’n terra,
Dalle fatiche loro.
– Dante
Oh!
deixa-me! é a hora onde o horizonte se esfuma,
Esconde a fronte vária sob esfera em bruma,
Hora onde o astro gigante já em rubor sumia.
O bosque amarelado, só, doura a colina.
Pensar que em dias tais em que o outono declina,
Deslustram chuva e sol a floresta que havia.
Esconde a fronte vária sob esfera em bruma,
Hora onde o astro gigante já em rubor sumia.
O bosque amarelado, só, doura a colina.
Pensar que em dias tais em que o outono declina,
Deslustram chuva e sol a floresta que havia.
Quem
fará surgir, súbito, fará brotar
Por lá – enquanto estou só na janela a sonhar
E a sombra a se afundar no fim do corredor –
A cidade mourisca, inaudita, vibrante,
Que, tal qual o foguete em feixes fulgurantes,
Dilacera a neblina em setas de auricor!
Por lá – enquanto estou só na janela a sonhar
E a sombra a se afundar no fim do corredor –
A cidade mourisca, inaudita, vibrante,
Que, tal qual o foguete em feixes fulgurantes,
Dilacera a neblina em setas de auricor!
Que
venha inspirar, gênios! afastar do sono
Estas canções escuras como um céu de outono,
E lançar em meus olhos mágica faceta,
Apagando-se há muito em rumor abafado,
Com as mil torres em seu palácio de fadas,
Brumosa, rendilhar o horizonte violeta!
.
Estas canções escuras como um céu de outono,
E lançar em meus olhos mágica faceta,
Apagando-se há muito em rumor abafado,
Com as mil torres em seu palácio de fadas,
Brumosa, rendilhar o horizonte violeta!
.
*
Romancista,
poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos
direitos humanos francês de grande atuação política em seu país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário