sexta-feira, 19 de maio de 2017

Ironia gratuita


* Por Eduardo Oliveira Freire


Quando estava na escola, precisei fazer uma trabalho de Mozart ou Beethoven e na folha da redação havia um espaço para desenhar o que quisesse.

Eu me confundi e ao invés de fazer uma redação sobre o filme sobre a vida de um desses artistas, fiz um trabalho só com informações e não escrevi meus argumentos. 

A professora me deu zero, até aí tudo bem. Não fiz o que era proposto. Mas, o que não gostei foi da ironia de escrever no meu desenho: "Árvore bonita, pelo menos". Achei desnecessário, pois nunca fui desenhista e minha árvore não era lá essas coisas.

Acho que estou fazendo confusão com os fatos parecidos.
A redação com o espaço do desenho era para servir como base para um trabalho de artes (LEMBREI). A professora entregou-me a redação meio ríspida e li a mensagem irônica. 

Assim, lógico que na vida há regras a serem seguidas.
Se se pede x, não posso entregar y. Só acho que em um ambiente escolar, os professores precisam ter mais sensibilidade, pois estamos formando adultos do amanhã. 

Se as crianças desde cedo aprendem a ser solidárias e menos irônicas, o mundo se tornará melhor.

Não sou contra corrigir.
Gosto até que me consertem. Quem gosta escrever errado? 

Agora, existem maneiras de corrigir eticamente, sem ironias e deboches.

Tem gente que dirá: "o mundo é competitivo".
Realmente. Entretanto, vamos competir honestamente e sem diminuir ninguém.


* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/


Um comentário:

  1. A crítica que constrói é sempre bem-vinda. Todos queremos crescer. Palavras impensadas ditas por professores destroem o amor-própio de crianças, algumas vezes para sempre.

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