domingo, 21 de maio de 2017

Poema dos astros


* Por Pedro J. Bondaczuk


Alvorada,
arvorada em deusa,
minha alma desarvorada,
como árvore
que saúda o sol,
se prostra
diante da alva!

Ocaso,
que em dada ocasião
testemunhou o caso
que tive com uma estrela,
resolva meu dilema:
não sei se vou pro espaço
ou se caso!

Astros do céu,
astros da alma,
astros do astral
firmamento
do hemisfério
austral:
estou me decompondo,
esvaindo, morrendo,
sangrando, gemendo,
chorando, sofrendo
e os restos daquilo
que ainda eu sou,
serão astros apagados
no astral da lembrança!


(Poema composto em Campinas, em 22 de novembro de 1968).


* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk


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