quinta-feira, 25 de maio de 2017

Sob as árvores de maio

* Por Péricles Prade

Relâmpagos
amáveis
seduzem as flores
sob as árvores de maio.
Ouço
violinos no abismo
onde geme a leprosa.
Da face enlutada
extraio
a seiva da melancolia.
Feliz,
durmo na redoma
em posição de gênio servente.



  • Poeta, contista e crítico de arte. Publicou os livros de poemas Nos limites do fogo (1976), Os faróis invisíveis (1980) e Sob a faca giratória (2010), entre outros. Os poemas aqui publicados pertencem ao livro inédito Casa de máscaras. Vive em Florianópolis (SC).  

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