quarta-feira, 31 de maio de 2017

Perda


* Por Jean Lacerda


Perder-me em mim, é como embriagar-me de um novo céu. Na rotina que carrego, isto parece enobrecedor. Descobrir um novo mundo do qual sou possuidor, além de gratificante é desafiador, sufocante e às vezes causa pavor, delirante; que às vezes leva-me ao torpor.


Bendita consciência, usa-te de toda tua sapiência, leva-me para o caminho de benevolência e do amor, onde a treva que perdura, amanhã será minha cura e me fará evoluir…


Solidão que apavora, agora, que bem sois eu. Serás um delírio meu ou serei eu um delírio teu? Tua voz ressoa enfim, quando estou perdido em mim, saboreio do seu agrado, que em troca às vezes afago, com o tamanho da sua escuridão, noutra a luz mais bela do mundo, que nós sabemos que lá fundo, carregamos dessa benção, somos o universo em vida, consciência vívida, dádiva de nossa raça, que parece viver sem jeito, comporta e suporta tanta desgraça, traçam o fim desde o seu leito.


Capitalismo? Burguesia? Feudalismo? Freguesia? Idade antiga, média, moderna? O estado e a pena eterna A idade contemporânea, socialismo, anarquismo, dogmatismo e encarceramento; ainda não houve um só momento, onde a consciência foi pura, livre e libertadora. Vai entender esse mundo dos homens, todos embriagados, cada qual à sua maneira…



* Poeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário