terça-feira, 25 de março de 2014

Preconceito e espaços públicos

* Por Eduardo Oliveira Freire

Há algum tempo, caminho numa praça e constantemente pessoas colocam despachos de macumba. A praça fica suja, pois os cachorros reviram tudo.
  
Não sou contra a religião e seus praticantes, mas não podiam fazer seus rituais em um lugar específico?
  
Está na constituição a liberdade religiosa, mas até quando a liberdade não interfere no espaço público? Todos têm o direito de crer e manifestar sua fé, entretanto, como exercer isso, sem invadir o espaço alheio?
  
Hoje em dia, somos invadidos a todo tempo. Quantas vezes fui obrigado a ouvir no ônibus funk ou música evangélica nas alturas. Nada contra os estilos, todavia não queria ser obrigado a ouvi-los.
  
Cada vez mais as cidades estão mais populosas e se precisa discutir uma ética urbana que torne a convivência mais tranquila. Porque se cada um praticar o que deseja nas ruas e praças, a cidade se transformará num caos.
  
Todos têm liberdade de acreditar no que quiser, mas precisa ter o bom senso de respeitar os outros que não compartilham da mesma fé ou gosto.
  
Principalmente, nos espaços públicos, onde se precisa de ordem para não existir a barbárie.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/



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