Rio e Rio
* Por Fabiana Bórgia
Quando escuto o trem, nesta noite calada, volto a um tempo que não é só passado. É o tempo de sempre.
É o que se consolidou na infância, naquela lembrança nítida e clara da pureza do que continua a existir, quando a vida já é outra. Antes, a vida era mais simples. Mas esta vida tranquila, simples, ainda mora dentro de mim, embora eu não seja mais a mesma. Sou múltipla. Mas, Deus... eu sou uma só!
Mudanças abruptas. Rupturas. Mercado competitivo. Amigos de lugares. Esquinas. Esquinas. Esquinas... O Rio tem muitas esquinas e botecos. Praia. Sol. Calor. E vendaval de sentimentos. Ninguém é muito normal.
A cidade grande é deslumbrante, mas mascara muitas coisas importantes. É carnaval o ano todo. Rio de Janeiro, fevereiro, março, o ano inteiro.
Arrumamos diversas distrações e muito pouco tempo para manter os sentimentos aquecidos, imprescindíveis para a nossa paz. Não sei, mas pensei no cinema. Rio Claro é uma cidade pequena. Mas parece que eu não caibo mais aqui. O que faz sentido são os parentes e alguns poucos amigos. Fiquei muito grande para Rio Claro nos dias de hoje.
Eu digo: hoje. Não sei, mas pensei no Cinema Paradiso. Lembrei de mim.
Mas quando o trem passou, nos tempos de agora, parece que tudo sempre esteve exatamente onde deveria estar. Tempo perene. É o meu alicerce.
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
Quando escuto o trem, nesta noite calada, volto a um tempo que não é só passado. É o tempo de sempre.
É o que se consolidou na infância, naquela lembrança nítida e clara da pureza do que continua a existir, quando a vida já é outra. Antes, a vida era mais simples. Mas esta vida tranquila, simples, ainda mora dentro de mim, embora eu não seja mais a mesma. Sou múltipla. Mas, Deus... eu sou uma só!
Mudanças abruptas. Rupturas. Mercado competitivo. Amigos de lugares. Esquinas. Esquinas. Esquinas... O Rio tem muitas esquinas e botecos. Praia. Sol. Calor. E vendaval de sentimentos. Ninguém é muito normal.
A cidade grande é deslumbrante, mas mascara muitas coisas importantes. É carnaval o ano todo. Rio de Janeiro, fevereiro, março, o ano inteiro.
Arrumamos diversas distrações e muito pouco tempo para manter os sentimentos aquecidos, imprescindíveis para a nossa paz. Não sei, mas pensei no cinema. Rio Claro é uma cidade pequena. Mas parece que eu não caibo mais aqui. O que faz sentido são os parentes e alguns poucos amigos. Fiquei muito grande para Rio Claro nos dias de hoje.
Eu digo: hoje. Não sei, mas pensei no Cinema Paradiso. Lembrei de mim.
Mas quando o trem passou, nos tempos de agora, parece que tudo sempre esteve exatamente onde deveria estar. Tempo perene. É o meu alicerce.
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
E o teleco teleco vai...
ResponderExcluire o teleco vem... trazendo lembranças
ora vagas, ora coloridas.
Ótimo texto.
Abraços