Frágil
* Por Pedro J. Bondaczuk
Frágil:
a fragilidade
é característica
dos sonhos,
dos ideais,
da nossa lida,
das convicções,
da vida...
Frágil
como delicada
taça de cristal
que se rompe
a um toque
desastrado.
Frágil
como a pétala
de uma flor
arrancada
da corola,
como borboleta
guardada
como troféu,
como beija-flor,
como amizades
como o amor.
Frágil
qual recém-nascido
abandonado
ao próprio
destino.
Frágeis
são nossas
crenças,
mutantes,
incertas,
volúveis,
cessantes.
Frágeis
são nossos
sonhos
à mercê
das circunstâncias.
Frágeis
são os ideais
de igualdade
fraternidade
e solidariedade
adstritos
às ambições.
Frágeis
são meus
versos loucos
dependentes
de emoções
voláteis.
Frágil
é minha tristeza
minha alegria
minha certeza,
minha agonia,
pois frágil mesmo
é minha poesia.
Frágeis
os amores
unilaterais
estéreis e sem
correspondência.
Frágil,
criatura querida,
é esta estrutura
metamorfoseada,
ora jovem,
ora envelhecida,
porquanto
fragílima
é nossa vida.
Frágil é tudo:
o universo,
as estrelas,
o tempo
e o vento,
pois, creia,
a fragilidade
é a característica
dos sonhos,
da realidade,
da mentira,
da verdade,
dos ideais,
das artes,
da ciência
da filosofia
de tudo, enfim
da existência.
* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
* Por Pedro J. Bondaczuk
Frágil:
a fragilidade
é característica
dos sonhos,
dos ideais,
da nossa lida,
das convicções,
da vida...
Frágil
como delicada
taça de cristal
que se rompe
a um toque
desastrado.
Frágil
como a pétala
de uma flor
arrancada
da corola,
como borboleta
guardada
como troféu,
como beija-flor,
como amizades
como o amor.
Frágil
qual recém-nascido
abandonado
ao próprio
destino.
Frágeis
são nossas
crenças,
mutantes,
incertas,
volúveis,
cessantes.
Frágeis
são nossos
sonhos
à mercê
das circunstâncias.
Frágeis
são os ideais
de igualdade
fraternidade
e solidariedade
adstritos
às ambições.
Frágeis
são meus
versos loucos
dependentes
de emoções
voláteis.
Frágil
é minha tristeza
minha alegria
minha certeza,
minha agonia,
pois frágil mesmo
é minha poesia.
Frágeis
os amores
unilaterais
estéreis e sem
correspondência.
Frágil,
criatura querida,
é esta estrutura
metamorfoseada,
ora jovem,
ora envelhecida,
porquanto
fragílima
é nossa vida.
Frágil é tudo:
o universo,
as estrelas,
o tempo
e o vento,
pois, creia,
a fragilidade
é a característica
dos sonhos,
da realidade,
da mentira,
da verdade,
dos ideais,
das artes,
da ciência
da filosofia
de tudo, enfim
da existência.
* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Tão frágil quanto o sentimento que a
ResponderExcluirpoesia nos desperta.
Nosso planeta Terra é frágil. Um meteoro está a caminho. Que não se encontre na mesma rota que nós.
ResponderExcluirDestaco:
"Frágil,
criatura querida,
é esta estrutura
metamorfoseada,
ora jovem,
ora envelhecida,
porquanto
fragílima
é nossa vida".
Esta parte foi a mais bonita!
Pedro, com toda fragilidade é uma poesia forte.
ResponderExcluirNa nona estrofe, chama a atenção:
" Frágil
é minha tristeza
minha alegria
minha certeza,
minha agonia,
pois frágil mesmo
é minha poesia."
Parabéns, poetamigo!
Abração do,
José Calvino
RecifeOlinda