Mãe no mural
* Por Suzana Vargas
* Por Suzana Vargas
Avisto no mural
cabelos brancos
escadas gastas
uma veste negra.
Ao lado dela
um tanque de tristezas,
vestidos, saias,
blusas
por lavar.
Dqui de onde a vejo
tem um sol
iluminando as rugas,
a cozinha
o céu azul
por cima do varal.
De lá ela me espia
preocupada
querendo adivinhar a filha
nova
mas a sombra do tempo
não permite.
Olhando-me dali
a toda hora
é a breve vingança dela
agora.
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
cabelos brancos
escadas gastas
uma veste negra.
Ao lado dela
um tanque de tristezas,
vestidos, saias,
blusas
por lavar.
Dqui de onde a vejo
tem um sol
iluminando as rugas,
a cozinha
o céu azul
por cima do varal.
De lá ela me espia
preocupada
querendo adivinhar a filha
nova
mas a sombra do tempo
não permite.
Olhando-me dali
a toda hora
é a breve vingança dela
agora.
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
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