Mistérios na noite
* Por Celamar Maione
Noite de chuva. Fazia frio. Desceu do táxi, ajeitou o casacão preto de linho, subiu as meias finas, correu até a portaria, colocou as luvas, abriu a porta e subiu três andares de escada, em silêncio. Tirou com cuidado a faca que trazia na bolsa. Cortante. Afiada. Olhou-a com prazer demoníaco. Mordeu os lábios e se livrou da peruca que a incomodava. Soltou os longos cabelos pretos.
Parou em frente ao apartamento 303. Olhou para um lado. Depois, para o outro. Respirou fundo. Tocou a campanhia. O homem abriu a porta só de cueca. Fez cara de espanto. Ela o empurrou para o interior da sala . Colocou-lhe a faca no pescoço . Sorriu cheia de malícia. O peito arfando. Gozava pelo prazer que ainda não tivera.
Em seguida, mandou-o se ajoelhar. Obedeceu acuado. Ela tirou o casacão lentamente. Nada por baixo. Jogou as luvas em cima do sofá. Colocou as meias em volta do pescoço dele. A faca brilhava imóvel no chão ao lado das sandálias prateadas. Fizeram amor até o dia amanhecer. Meio-dia o homem acordou e sonolento pediu :
- Da próxima vez, quero uma lutadora de boxe!
*Radialista e jornalista, trabalhou como produtora, repórter e redatora nas Rádios Fm O DIA, Tropical e Rádio Globo. Foi Produtora-Executiva da Rádio Tupi. Lecionou Telemarketing, atendimento ao público e comportamento do Operador , mas sua paixão é escrever, notadamente poesias e contos.
* Por Celamar Maione
Noite de chuva. Fazia frio. Desceu do táxi, ajeitou o casacão preto de linho, subiu as meias finas, correu até a portaria, colocou as luvas, abriu a porta e subiu três andares de escada, em silêncio. Tirou com cuidado a faca que trazia na bolsa. Cortante. Afiada. Olhou-a com prazer demoníaco. Mordeu os lábios e se livrou da peruca que a incomodava. Soltou os longos cabelos pretos.
Parou em frente ao apartamento 303. Olhou para um lado. Depois, para o outro. Respirou fundo. Tocou a campanhia. O homem abriu a porta só de cueca. Fez cara de espanto. Ela o empurrou para o interior da sala . Colocou-lhe a faca no pescoço . Sorriu cheia de malícia. O peito arfando. Gozava pelo prazer que ainda não tivera.
Em seguida, mandou-o se ajoelhar. Obedeceu acuado. Ela tirou o casacão lentamente. Nada por baixo. Jogou as luvas em cima do sofá. Colocou as meias em volta do pescoço dele. A faca brilhava imóvel no chão ao lado das sandálias prateadas. Fizeram amor até o dia amanhecer. Meio-dia o homem acordou e sonolento pediu :
- Da próxima vez, quero uma lutadora de boxe!
*Radialista e jornalista, trabalhou como produtora, repórter e redatora nas Rádios Fm O DIA, Tropical e Rádio Globo. Foi Produtora-Executiva da Rádio Tupi. Lecionou Telemarketing, atendimento ao público e comportamento do Operador , mas sua paixão é escrever, notadamente poesias e contos.
Vícios, apetites ... uhm ... a noite não é para amadores e só acolhe quem atende aos sussurros das suas pregas, mas parece que vc, Cel, move-se com desembaraço nessa área sombria de mistérios. Parabéns.
ResponderExcluirFetiches e nada de cortes deformantes ou castradores. Melhor assim. Hoje os meus olhinhos só querem ver amor.
ResponderExcluirQue imaginação, Celamar! Suas crônicas sempre me surpreendem.
ResponderExcluirBeijo
Risomar