terça-feira, 13 de outubro de 2009


Ainda o Nobel

Olá, amigos leitores, boa tarde. Que não lhes falte disposição, e inspiração, para encarar esta semana mais curta, que vai culminar com o início de mais um Horário de Verão em boa parte do País. Alguns se queixam dessa medida, supostamente para economizar energia elétrica e tardam para adaptar o relógio biológico ao cronológico. Outros, gostam bastante e lamentam quando acaba. Estou no primeiro grupo, o dos que tardam a se acostumar. Enfim...
Mas meu assunto continua sendo o Prêmio Nobel de Literatura. Fico matutando: quando um brasileiro conseguirá essa façanha e quem será? Creio que o nosso problema é a barreira idiomática. Tanto isso é verdade, que até hoje, só um escritor de língua portuguesa logrou este feito: José Saramago.
A internet, sem dúvida, tornou mais fácil o conhecimento dos mestres literários que provêm dos países mais distantes, desconhecidos e exóticos do mundo. Textos meus, por exemplo, ganharam referências em sites da Áustria, Dinamarca, Estados Unidos, Angola, Moçambique, Japão, Colômbia e Portugal (pelo que eu saiba, pelo menos), notadamente meu livro “Por uma nova utopia”.
Em três desses países é até compreensível que isso tenha acontecido (Portugal, Angola e Moçambique). Nos outros... quem fez menção a este humilde escrevinhador ou tem o português como língua materna, ou a conhece, certamente.
Ainda assim, a Literatura Brasileira é tão boa, que estou certo de que é só questão de tempo para que um escritor do nosso País conquiste o Nobel de Literatura. Quem será ele? Quais seriam os candidatos mais prováveis? Afinal, são tantos os que merecem o prêmio, que fica difícil (na verdade se torna impossível) apostar em um só.
Façam isso, até como exercício de análise. Respondam, de preferência aqui neste espaço – ou se ficarem acanhados, façam como muitos vêm fazendo e me respondam por e-mail – qual o escritor brasileiro, vivo, evidentemente, em plena atividade, que no seu entender merece o Prêmio Nobel de Literatura?
Tenho, cá comigo, uma lista bastante extensa (diria, interminável) mas só revelarei minha opinião depois de conhecer a de vocês. Reitero: apesar da barreira idiomática, é mera questão de tempo para um brasileiro ser premiado. Quem será ele? Qual o gênero literário em que atua? Qual o seu grau de exposição na mídia? É membro da Academia Brasileira de Letras ou ainda não se habilitou à “imortalidade”.
Vou provocar vocês mais um pouco. Suponhamos que o Prêmio Nobel de Literatura fosse atribuído postumamente. Nesse caso, quem você premiaria? Agora a coisa fica bem mais complicada, não é mesmo? Nomes e mais nomes brotam espontaneamente, como Machado de Assis, José de Alencar, João Cruz e Sousa, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Mário Quintana, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, João Cabral de Melo e Neto, Vinícius de Moraes, ufa! Não mencionei nem 1% da minha listinha.
Vejam quantos talentos magníficos este País já produziu! E pensar que nenhum deles, nenhum em absoluto, chegou sequer a ser indicado para concorrer ao Nobel! Alguma coisa está muito errada. De duas uma, ou os membros da Academia Sueca de Ciências, que definem a premiação não entendem lhufas de Literatura, ou nossa cultura é pessimamente divulgada no Exterior. Tenho comigo que são as duas coisas. E você, o que acha?^

Boa leitura.

O Editor.

2 comentários:

  1. Pedro, sei que as suas colocações são despretensiosas e parece que você mal relê, se é que o faz, os seus editoriais. Fiz um ante-projeto de TCC onde adicionei uma citação sua daqui do Literário. É sobre pensamento e linguagem, já que o meu tema é " Entrevista: paralelo entre a prática jornalística e a prática médica". Tratei de, na parte de revisão da literatura, tratar de citá-lo, colocando o endereço desse blog. E pode deixar que voltarei a fazê-lo.

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  2. Pedro, li seu post e também o comentário da Mara Narciso e prefiro não comentar o teor de ambos, entretanto, saliento que iniciativas desta natura, isto é, trazer à tona a literatura como tema de discussão é sempre louvável. Quanto aos potenciais canditados brasileiros ao prêmio Nobel de literatura, confesso, isso é conversa pra mais de metro. Abraços.

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