terça-feira, 20 de outubro de 2009




Da memória

* Por Talis Andrade

Ninguém nunca se tem
A exata imagem refletida
a gente esquece
quando do espelho se afasta

Ninguém nunca se tem
Do corpo apenas se possui
a sombra fugidia
rasto que se dilui

(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

2 comentários:

  1. Que poema, Tális! Acho espelho um objeto mágico. Foi o primeiro objeto que me atraiu e o primeiro misterio que tentei desvendar quando criança. Parabéns!
    Abraços
    Risomar

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  2. Relógio e espelho são, para mim, autênticos fetiches. Não por acaso, um dos meus novos livros tem o título de "Cronos & Narciso".

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