Os sinos
* Por
Dom Aquino Correa
“Sinos de minha terra! Grandes sinos,
Cujo timbre de bronze e de veludo
Estremece estes ares cristalinos,
Sinos da velha Sé, eu vos saúdo!
Quando aos reclamos do passado acudo,
Desde os tempos da infância matutinos,
Percebo a vossa ressonância em tudo,
Da minha vida entre os mais belos hinos,
Aonde quer que eu vá, na alma exilada,
Vós me ressoais, tal como a voz convulsa
Do mar distante, em concha abandonada.
É que na vossa voz doce e plangente.
Voz de hoje, voz de outrora, vive, pulsa
E canta o coração da minha gente!”
De Nova et vetera (1947)
*
Sacerdote, prelado, arcebispo de Cuiabá, poeta e orador sacro, membro da
Academia Brasileira de Letras.
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