terça-feira, 30 de agosto de 2016

Amor insano


* Por Débora Vilela Petrin


Parece que a minha alma,
Certas horas gruda em você
Como borracha e cola
Na combinação exata
De um amor insano.

Sem emendas paralelas,
Com tijolos e madeiras de pinho
Arma-se uma tenda urbana
Flores de jasmim reparam as arestas.

No perfume cítrico faz-se amor,
Diante da fumaça de velas
Na composição da sonata
Surgem flautas douradas.

O som se espalha nos corpos,
De alma espelhada
Em ritmo pacificador,
Blocos oxidáveis fecham os poros.

Toques rebeldes anseiam,
O cantar do bem-te-vi
Emergente do ébrio
Pousa seu hino aos amantes perturbados.

* Poetisa e escritora, natural de Piracicaba


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