segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Estilo é o talo do homem

* Por Caio Junqueira Maciel


Agora é fácil, qualquer bufão enfia o dele no fubá, tic e tlec. Mas e antes?
Antes de Paio Soares, quem engrossava essa fé não enjoada?
Antes de Sá de Miranda, quem matava essa sede desmedida?
Antes de Camões, quem coalhava o que escolhia o sublime caolho?
Antes do que Vieira depois,
Antes dos que  Gregoriavam de boca em Bocage,
Dos que claudicavam gonzagavam silvalvarengavam,
Dos usos lusos de Herculano à beira do Camilo sem ser pobre de Garret Garret ,
Antes dos dias de Gonçálvares, agora é tarde, Inês é castralves, preguisousândrade.
Agora, Eça sim, essa não, tudo é assaz achado além das alavancas e elencos alencares,
Além de ilusões e aluísios,
Brincar de se matar nos quentais de Anteros,
Deixar de ser éter no fumo do souza e cruz,
Brincar de ser eu ao custo dos anjos e dos demônios,
Montar lobatos e enfiar o narizinho onde não for chá amado,
Puxar o carro da miséria e sair com ar de máriocunoímã,
Brincar de mimtiplicar em pessoas infernais,
E mandar o pau brasil e atirar a primeira pedra no email do carlinho
E amar os jorges, limar e deslindar o rego, despetalar o rosa e afiar a prosa…
Agora é fóssil, mas já pensou se não fossem eles?


* Poeta

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