No meio do caminho
* Por
Talis Andrade
A morte vem
com estardalhaço
salva de girândolas
retreta na praça
A morte vem
num tremor de terra
quando se abrem
as sete bocas
do inferno
A morte vem
quando você
atravessa a rua
e tropeça que
no meio do caminho
tem uma pedra
no meio do caminho
uma pedra
um carro sem freios
um cavalo em disparada
A vida uma andança
e mais que se ande
nunca se passa
do meio do caminho
Pra quê pressa
come devagarinho
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel
em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a
sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife),
“Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados,
entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
Boa suavizada no final. Que a morte demore a chegar, e chegue de que jeito? De mansinho ou se supetão?
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