Pílulas literárias 228
* Por
Eduardo Oliveira Freire
NA FESTA DOS GIGANTES
As taças eram
deixadas nas sacadas sob a luz do luar. Um
nanico serviçal bebia escondido os drinks, pois tinha a sensação de sentir o
gosto da lua. Quem o flagrasse o veria imenso a beijar a lua.
FILHOS DO SILÊNCIO
Laura refugiava-se no
silêncio de sua casa e tinha orgasmos profundos imersa na quietude. De repente,
descobriu-se grávida de trigêmeos. Na hora do parto, médicos e enfermeiras
ficaram admirados ao ver bebês tão quietos, mas transbordando vida.
EM TEMPOS DE BERROS E VIOLÊNCIA
Transformou-se numa
folha e imergiu na água. Assim, sente a quietude de seu mundo particular.
ABSOLUTO
No quarto o silêncio
grita, mas o cansaço faz o homem parar de ter medo. O sono vem e ele se torna
um corpo em si mesmo como os móveis do quarto, tornando-se absoluto.
***
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário