sexta-feira, 22 de abril de 2016

Se eu ver ou se eu vir?


* Por Eduardo Oliveira Freire


Uma das minhas sobrinhas escreveu no face: “Se ela vir”. No início, estranhei e fui pesquisar. Descobri que “Se ela ver” está erradíssimo.

Realmente, precisa-se sempre reciclar e revisar nossos conhecimentos, inclusive, em relação à língua portuguesa. A gente desaprende as regras de concordâncias gramaticais no cotidiano e escrevemos ou falamos não corretamente.

Todavia, deve-se ter um bom senso na hora de julgar um indivíduo só porque disse ou escreveu errando as regras da língua oficial. Por exemplo, se pretendo ser escritor, necessito estudar com a finalidade de possuir o domínio do meu idioma. Não posso fazer o que sempre pratico, posto precipitadamente, textos que estão repletos de erros muitas vezes. Resumindo, para ser um escritor tenho que me inserir nas normas gramaticais da Língua Portuguesa.

Agora, precisa-se ter cuidado com a diversidade de pensamentos e registros que existem na realidade.
Desqualificar alguém por tropeçar numa norma gramatical, não deixa de ser uma forma de exclusão.

Existem indivíduos com baixa escolaridade que, porém, possuem sabedorias que vão além do saber escolar. Quantos conhecem profundamente a fauna, a flora e têm outras habilidades?

Enfim, cuidado em segregar ao se utilizar os mecanismos da ordem do discurso. Escrever errado não significa ser burro, mas, na verdade, é uma pessoa que desconhece um olhar entre tantos neste mundo.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/


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