domingo, 4 de dezembro de 2011



Sarteaux parnassien

* Por João Alexandre Sartorelli

Na algidez hirsuta de teu esqueleto
Dejungi do estro e mergulhei no contexto.
Na mensura sestrosa do espaço jucundo
Insanas bironhas do ínclito mundo.


Nem que perca o meu dicionário
Pararei de iludir o leitor vagabundo
Que não vê que o camelo pode ser dromedário
E que nasce um otário a cada segundo.


E assim no Danúbio premi o prenúncio
Por albas dulias preso no armário,
São sinais tardios do fim disso tudo.


Não tergiversarei a brandura dos lésbios
Nem a platitude viril de Netuno.
Abrirei no Chiado uma oficina de versos.

* Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação

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