segunda-feira, 19 de dezembro de 2011







Redenção

* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral

Abra as janelas e permita perder-se no horizonte. Coloque um calço na porta para que o vento teimoso não a feche. Sente-se abraçada aos joelhos e libere sua mente. O passado pesa...eu sei. Mas aprenda com ele. O futuro assusta...a maioria das surpresas será boa, garanto.
Se um longo suspiro deixar escapar, não se preocupe, respire fundo e pegue seu sopro de volta. Sente falta de alguém? E quem não sente. Se seus olhos a traírem, levante a cabeça e deixe que a brisa os seque. Se você olhar para os lados e nada enxergar, se ao gritar não for ouvida, ainda assim não estará só.
Eu presto atenção em você há bastante tempo, mas não se envergonhe. Não sou juiz e nem algoz. Apenas amo-a de uma maneira diferente, como se fosse pessoa única. Não quero nada, apenas que você continue a ver as miudezas.
Que sinta na simplicidade da vida a grandiosidade que a maioria só enxerga nos outdoors. Meu nome pouco importa, estarei sempre por perto. Não se preocupe aonde me achar, pois quando você abrir os olhos pela manhã, já estarei consigo.

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

2 comentários:

  1. Profundo e enigmático... Lá no fundo, eu desconfio quem seja o narrador que dá conselhos tão edificantes.
    Abraços!

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  2. Grande frase: "O futuro assusta...a maioria das surpresas será boa, garanto." Um otimismo claro, porém sem dizer o motivo.

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