Uma pequena aldeia
* Por Cecília Meirelles
No canto do galo há uma pequena aldeia
de mulheres risonhas e pobres
que trabalham, em casas de pedra
com belos braços brancos
e olhos cor de lágrima
São umas corajosas mulheres
que tecem em teares antigos,
são Penélopes obscuras
em suas casas de pedra
com fogões de pedra
nestes tempos de pedra.
Elas, porém, cantam com frescura,
a leveza, a graça, a alegria generosa
sa água das cascatas,
que corre dentro do mundo
pelo mundo
para fora do mundo.
No canto do galo há, de repente,
essa pequena aldeia,
com essas belas mulheres,
essas boas mulheres escondidas,
essas criaturas lendárias
que trabalham e cantam
e morrem.
O amor é uma roseira à sua porta,
o sonho é um barco no mar
a vida é uma brasa na lareira,
um pano que nasce, fio a fio.
A morte é um dia santo
para sempre no céu.
• Poetisa, cronista, ensaísta e tradutora
* Por Cecília Meirelles
No canto do galo há uma pequena aldeia
de mulheres risonhas e pobres
que trabalham, em casas de pedra
com belos braços brancos
e olhos cor de lágrima
São umas corajosas mulheres
que tecem em teares antigos,
são Penélopes obscuras
em suas casas de pedra
com fogões de pedra
nestes tempos de pedra.
Elas, porém, cantam com frescura,
a leveza, a graça, a alegria generosa
sa água das cascatas,
que corre dentro do mundo
pelo mundo
para fora do mundo.
No canto do galo há, de repente,
essa pequena aldeia,
com essas belas mulheres,
essas boas mulheres escondidas,
essas criaturas lendárias
que trabalham e cantam
e morrem.
O amor é uma roseira à sua porta,
o sonho é um barco no mar
a vida é uma brasa na lareira,
um pano que nasce, fio a fio.
A morte é um dia santo
para sempre no céu.
• Poetisa, cronista, ensaísta e tradutora
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