O cruzado
* Por Talis Andrade
Navega (lê o destino
nas estrelas),
que encontrarás
o Centro Espiritual,
a Comarca Suprema,
a Terra Prometida,
seja Ítaca ou Israel.
Os teus pés
e o cajado de andarilho
santifiquem os caminhos,
que encontrarás
a Colina de Sion;
o Graal, em Glastonbury.
Veste a alva de beato.
Um dia beijarás
a Caaba, em Meca;
te banharás no Ganges
e desfraldarás o estandarte
tão alto quanto possível
na torre que te convém.
Não implica como
o paraíso se chame,
tampouco onde fica,
desde que tenhas a revelação
do que é eterno,
do que é efêmero;
desde que te armes
com a certeza apaixonada
de um cruzado
a caminho de Jerusalém.
A fé vence as tentações
do demônio: a enganosa promessa
de alívio para os tormentos
que afligem a carne.
O sol queime a pele,
a sede resseque os lábios,
a fome doa no estômago,
a areia do deserto
cegue os olhos.
O sofrimento fortalece
a esperança.
Ó bem-aventurado peregrino,
que desfaleças
pensando que descansas
na Terra Santa.
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
* Por Talis Andrade
Navega (lê o destino
nas estrelas),
que encontrarás
o Centro Espiritual,
a Comarca Suprema,
a Terra Prometida,
seja Ítaca ou Israel.
Os teus pés
e o cajado de andarilho
santifiquem os caminhos,
que encontrarás
a Colina de Sion;
o Graal, em Glastonbury.
Veste a alva de beato.
Um dia beijarás
a Caaba, em Meca;
te banharás no Ganges
e desfraldarás o estandarte
tão alto quanto possível
na torre que te convém.
Não implica como
o paraíso se chame,
tampouco onde fica,
desde que tenhas a revelação
do que é eterno,
do que é efêmero;
desde que te armes
com a certeza apaixonada
de um cruzado
a caminho de Jerusalém.
A fé vence as tentações
do demônio: a enganosa promessa
de alívio para os tormentos
que afligem a carne.
O sol queime a pele,
a sede resseque os lábios,
a fome doa no estômago,
a areia do deserto
cegue os olhos.
O sofrimento fortalece
a esperança.
Ó bem-aventurado peregrino,
que desfaleças
pensando que descansas
na Terra Santa.
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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