quarta-feira, 2 de março de 2011


Reinados e rosas

* Por Alberto Cohen

Foi lá que deixei meu nome
e é lá que não mais terei
a promessa de uma rosa
que nem sequer eu plantei.
Nos bares dos meus encantos,
nos cantos que mais cantei,
quem bebe um trago lembrando
cantigas que não mais sei?
E as mulheres que amei tanto
qual agora a que amarei?
Sou do mundo, não sou nada,
não tenho pátria nem lei,
rasgo apenas madrugadas,
busco meu trono de rei
do tempo em que minha rosa,
que nem sequer eu plantei,
inda podia ser rosa
e eu, sem saber, era um rei.

• Poeta

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