sexta-feira, 4 de março de 2011




Recordação

* Por Eduardo Oliveira Freire

De repente, no meio de um uma conversa no trabalho, lembrei que fiz faculdade há muitos anos. O assunto que fez emergir a recordação se relacionava com diferença entre a sociedade mecânica e a orgânica. A primeira tem como característica a fase primitiva da organização social que se baseia nas semelhanças entre os membros individuais.

Para a manutenção dessa igualdade, é necessária à sobrevivência do grupo, deve à coerção social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. A segunda se desenvolve com a divisão do trabalho, gerando um novo tipo de solidariedade, não mais baseado na semelhança entre os componentes, mas na cooperação dos diferentes indivíduos.

Portanto, cria-se um laço social novo e outro tipo de princípio de solidariedade, com moral própria, e que dá origem a uma nova organização social; tendo como base a diversidade e a valorização do indivíduo. Diferente do que ocorre na sociedade mecânica. Quem desenvolveu esta teoria foi Émile Durkheim, intitulado “um dos pais da sociologia moderna”. Foi o fundador da escola francesa de sociologia.

Gostei de resgatar um fragmento antigo das profundezas da memória. Principalmente, por provar a mim mesmo que não sou oco por dentro. Tenho uma história particular, uma vida com sonhos, desilusões, alegrias e tristezas. Nada e ninguém podem tirar isso de mim.

Nos tempos da faculdade, eu era outro, mas há resquícios que ainda sobrevivem em mim no agora. E apesar de ter a impressão que vivi numa aparente "inércia", estou sempre em movimento. Como já ouvi: "Recordar é viver", realmente, é bom visitar o passado, para ver o quanto caminhamos.

* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor

Um comentário:

  1. Eu costumo dizer que refaço meus passos
    nas lembranças de ontem.
    A memória não é descartável.
    Abração

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