domingo, 18 de julho de 2010




Nós

* Por Pedro J. Bondaczuk

Com você, alma gêmea,
caminharei pelos bosques
do amanhã, redimido.

Vítima do Tempo,
sofrido, alquebrado,
com cicatrizes no peito,
profundos sulcos no rosto,
flocos de neve nos cabelos
e sombras no meu olhar,
vou aprendendo a viver.

A solidão será banida.
Na noite eterna do Tempo
permanecerá luzindo
a estrela da esperança.

E quando a passagem dos anos
consumir nossa energia
e apagar o nosso olhar,
partiremos discretos,
sutilmente, de mansinho,
confiantes, de mãos dadas,
radiantes, rumo à
noite eterna do além...


*Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” –http://pedrobondaczuk.blogspot.com

2 comentários:

  1. Eu gostaria muito que fosse assim
    de que me adianta a eternidade se
    nãp tiver quem eu amo por perto.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. A naturalidade em falar da morte a faz menos dramática.
    Destaco:
    "partiremos discretos,
    sutilmente, de mansinho,"
    Partir assim é para poucos, apenas alguns privilegiados escolhidos pelo destino.

    ResponderExcluir