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A mão sobre o ombro
* Por Alexandre Marino
Esta mão em seu ombro deseja o impalpável,
o abstrato sob o visível, a utopia sem nome.
A pele compreende cores e asperezas,
expostas na melodia de sonhadores insones.
O movimento agônico da rotação da terra,
vozes dissonantes através da janela,
seu olhar e o perfume derramado,
frutos e essências de novas estações.
A paisagem de temporais atemporais,
sua mão sobre a minha e este trôpego coração,
perdido libertador de palavras enjauladas.
Entre desertos lunares e multidões marcianas,
eis a nossa liturgia, a mão sobre o ombro,
olhares como abismos, a luz da travessia.
* Jornalista e poeta residente em Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Educação. Autor dos livros “Poemas por amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos búzios”, “Todas as tempestades” e “Os operários da palavra”.
Esta mão em seu ombro deseja o impalpável,
o abstrato sob o visível, a utopia sem nome.
A pele compreende cores e asperezas,
expostas na melodia de sonhadores insones.
O movimento agônico da rotação da terra,
vozes dissonantes através da janela,
seu olhar e o perfume derramado,
frutos e essências de novas estações.
A paisagem de temporais atemporais,
sua mão sobre a minha e este trôpego coração,
perdido libertador de palavras enjauladas.
Entre desertos lunares e multidões marcianas,
eis a nossa liturgia, a mão sobre o ombro,
olhares como abismos, a luz da travessia.
* Jornalista e poeta residente em Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Educação. Autor dos livros “Poemas por amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos búzios”, “Todas as tempestades” e “Os operários da palavra”.
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