terça-feira, 6 de outubro de 2009




Corrida do ouro

* Por Talis Andrade

Viver não pode ser
correr o tempo todo
tramando encher
as mãos os bolsos
com muito mais dinheiro
do que se pode carregar
esquecido do sorvedouro
que é este enganadouro mundo
de onde nada se leva

Viver não pode ser
trocar a felicidade
pelo incerto amanhã
Um dia desvivido
constitui dia perdido
nesta nossa curta
injustificada passagem
pela terra

Quem economiza
pensando na velhice
passa por este mundo
sem ver a perfeição
dos mágicos en
cantos a vida oferece


(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

Um comentário:

  1. A tua poesia fala mais alto, caro Talis! É, de fato, mais que necessário e urgente nos determos em cada segundo de mistério e grandeza que a vida nos concede, ou seremos como os modernos que fedem a pobreza de espírito. Parabéns!

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