quinta-feira, 2 de julho de 2009




O parque

* Por Talis Andrade


Eras parte do parque
como uma flor é do jardim
Porque não estás aqui
tudo se tornou tão triste
As crianças se dispersaram
e nunca mais se ouviu
o canto de um pássaro

Tudo se tornou tão triste
como se não existissem
as floridas árvores
os peixinhos no lago

Sozinho
aqui venho
sentado
no nosso chão
para escrever
meus versos
no mudo pastoreio
da solidão

(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

Um comentário:

  1. "Pastorear a solidão", bonito! Eu gostaria de apascentá-la, mas não estou conseguindo não. É muito triste.

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