sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Vamo imbora, Brioso!

* Por Ana deliberador


Como não poderia deixar de ser, já que a solidão e a pinga continuavam fartas, Joaquim Maria seguia bebendo, e  bebendo muito, e sempre se metendo em confusão. Naquela noite, novamente, foi com o João Pereira.

Estavam aos tapas quando Zé Corrêa acabou com o entrevero dando um soco no  Joaquim. Boca e nariz sangrando, Joaquim aquietou, encostou e dormiu.

Acordou são e lúcido, rodeado de gente, na enorme cozinha da fazenda, perto do também enorme fogão à lenha.

Abraçou-se ao seu fiel cãozinho e passou a se lastimar:

– Brioso, vamo imbora daqui! Olha o que o José feiz ni mim! O José que é meu irmão!

* Professora, pintora e escritora


Nenhum comentário:

Postar um comentário