Deixando de ser sendo, mudando...
* Por
Gustavo Pilizari
Já cantava nossa
querida, patrimônio cultural, a inigualável Mercedes Sosa: "cambia todo
cambia" – muda tudo muda. E também lembrava nosso filósofo Michel Foucalt:
"não me diga para permanecer o mesmo"... Mudanças, quiçá despertem
terror numa grande maioria, todavia, nada poderá trazer mais benfeitorias do
que uma mudança traduzida em novas formas de ver e pensar!
Devemos mirar a vida e
as coisas da vida do alto de uma montanha ou duma escarpa; somente desta forma
poderemos nos permitir enxergar em completude toda uma cena de vida – um fluxo
de vida (uma constatação ampla sobre alguma coisa ou alguém)... Veja do alto,
sempre...
Podemos ignorar a
beleza do mundo ao determo-nos apenas em detalhes de uma obra ou fato - de
pertinho tudo pode parecer chato, feio ou sem valor, desbotado com as horas que
correm; mas, aos poucos, ao ampliarmos a nossa visão, ao começarmos a nos
afastar, começaremos a englobar mais pedaços de um anterior desinteressante
espaço e, aos poucos, cada vez maior e maior chegaremos ao todo de um objeto,
coisa ou paisagem que se mostrará tão linda que nunca nos perdoaremos por ter
indesejado quando, a mesma, era percebida por nós em suas particularidades, em
pedacinhos...
Devemos subir ao alto
e alcançar o todo – mudar o foco... mudar! Desta forma poderemos ter controle e
condição para analisarmos a vida.
É fácil achar a saída
do labirinto se você está ao longe vendo-o, difícil é achar a saída
pertencendo-o...
...Tempos de mudanças,
de mudanças de minúcias para grandezas...
*
Jornalista
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