A
fogueira
* Por Talis
Andrade
Que
sempre ativem o fogo
com
nossas cartas
de
estilo contrário
nossos
poemas ambíguos
e
as páginas rasgadas
do
nosso diário
Ao
acordar do dia
as
chamas ainda vivas
o
vozeio dos fariseus
---
Bendito seja Deus
Os
adúlteros que conspurcaram
os
sentimentos alheios
ardejam
na fogueira
Os
puritanos desconhecem
as
lavaredas consomem o visível
o
invisível
(Do livro
“Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e
Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes
jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal
do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem
11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem”
(Editora Livro Rápido).
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