sábado, 17 de dezembro de 2011



Um animal em mim se cala

* Por João Alexandre Sartorelli

Um animal em mim se cala,
Eu me esfolo e não vou até fim.
Um segundo me consome e é a hora,
A hora é absoluta e ri de mim.

Tomo Lisofórmio com gim tônica
E subo em um palco em Paris.
Resumo toda a minha obra
E nela morro sóbrio e feliz.

Há uma loira fatal na sala
Que quer caviar e come Bis
E corre nua e me encara.

Há um ogro preso na horta,
Corcunda desprovido de nariz
E tanto faz, se é que importa.

* Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação

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