Sabina Spielrein
* Por Evelyne Furtado
Há alguns anos assisti Jornada da Alma. Marcou-me as imagens, mas restou pouco do conteúdo. Eu não sabia nada sobre Sabina Spielrein até me debruçar sobre a vida de Carl Gustav Jung, em outubro passado, quando descobri a paciente e provável amante de Jung.
Outra vez dei pouca atenção a Sabina, detendo-me no encontro estrondoso entre Freud e seu discípulo amado. Sabina apenas havia os aproximado.
Um projeto de Cinema e Psicologia deu-me a oportunidade de reencontrar Sabina Spielrein em Jornada da Alma.
O filme aborda o romance entre o médico e a paciente, que aos 20 anos chega à suíça para se tratar de uma "histeria complexa" e se apaixona por Jung, que era casado com Emma. Um amor impossível, mas o amor que a curou.
Após o tratamento a jovem russa forma-se em medicina e torna-se psicanalista. Sofre com o fim do relacionamento com Jung, mas casa-se e retorna à promissora União Soviética, onde funda uma escola infantil.
Sabina, judia, morre nas mãos do exército nazista em uma sinagoga, em 1942. Sua história passa despercebida nas décadas seguintes. Apenas nos anos setenta vêm à tona suas correspondências. Entre as cartas encontram-se aquelas trocadas com Jung e Freud.
Sabina Spielrein foi uma das pioneiras da psicanálise e elaborou um trabalho valioso, tendo sido citada por Freud em Além do Princípio do Prazer.
De acordo com algumas fontes Sabina também trabalhou com Piaget e apresentou sua obra a Vygostsky na URSS.
Gosto do tratamento dado à relação transcendental entre Sabina e Jung no cinema. Ele, místico, visulizou a morte de Sabina em um sonho.
Conhecer Sabina - a que experimentou as profundezas da alma como paciente e estudiosa - me interessa. Por enquanto deixo minhas impressões sobre Sabina e Carl.
Mergulha na alma
Arde a pele
Sabina queima
E se perde.
Sussurra Sabina
Delira Sabina
Sofre Sabina
Ondeia a pélvis.
Acham-se:
Sabina e Carl
Cura Sabina
Ama Sabina
Brinda Sabina
Inudam-se de vida
E murcham:
Sabina e Carl.
Rio impossível
De navegar
Singra, Sabina, outro mar.
Renasce Sabina
Estuda Sabina
Vibra Sabina
Promessa e lar
Almas tocadas por Sabina
Dó- Ré- Mi - Fá
Corre Sabina
Luta Sabina
Tomba Sabina
No sonho de Carl.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
Há alguns anos assisti Jornada da Alma. Marcou-me as imagens, mas restou pouco do conteúdo. Eu não sabia nada sobre Sabina Spielrein até me debruçar sobre a vida de Carl Gustav Jung, em outubro passado, quando descobri a paciente e provável amante de Jung.
Outra vez dei pouca atenção a Sabina, detendo-me no encontro estrondoso entre Freud e seu discípulo amado. Sabina apenas havia os aproximado.
Um projeto de Cinema e Psicologia deu-me a oportunidade de reencontrar Sabina Spielrein em Jornada da Alma.
O filme aborda o romance entre o médico e a paciente, que aos 20 anos chega à suíça para se tratar de uma "histeria complexa" e se apaixona por Jung, que era casado com Emma. Um amor impossível, mas o amor que a curou.
Após o tratamento a jovem russa forma-se em medicina e torna-se psicanalista. Sofre com o fim do relacionamento com Jung, mas casa-se e retorna à promissora União Soviética, onde funda uma escola infantil.
Sabina, judia, morre nas mãos do exército nazista em uma sinagoga, em 1942. Sua história passa despercebida nas décadas seguintes. Apenas nos anos setenta vêm à tona suas correspondências. Entre as cartas encontram-se aquelas trocadas com Jung e Freud.
Sabina Spielrein foi uma das pioneiras da psicanálise e elaborou um trabalho valioso, tendo sido citada por Freud em Além do Princípio do Prazer.
De acordo com algumas fontes Sabina também trabalhou com Piaget e apresentou sua obra a Vygostsky na URSS.
Gosto do tratamento dado à relação transcendental entre Sabina e Jung no cinema. Ele, místico, visulizou a morte de Sabina em um sonho.
Conhecer Sabina - a que experimentou as profundezas da alma como paciente e estudiosa - me interessa. Por enquanto deixo minhas impressões sobre Sabina e Carl.
Mergulha na alma
Arde a pele
Sabina queima
E se perde.
Sussurra Sabina
Delira Sabina
Sofre Sabina
Ondeia a pélvis.
Acham-se:
Sabina e Carl
Cura Sabina
Ama Sabina
Brinda Sabina
Inudam-se de vida
E murcham:
Sabina e Carl.
Rio impossível
De navegar
Singra, Sabina, outro mar.
Renasce Sabina
Estuda Sabina
Vibra Sabina
Promessa e lar
Almas tocadas por Sabina
Dó- Ré- Mi - Fá
Corre Sabina
Luta Sabina
Tomba Sabina
No sonho de Carl.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
O amor sempre é lindo, mesmo quando ele é feio. É tão forte quanto o sexo: onipresente. Seu poema contou a história luminosamente. Gostei muito!
ResponderExcluirBacana, Evelyne. Fiquei curioso em conhecer melhor esta personagem, que certamente tem uma biografia riquíssima. Um beijo e parabéns pelo texto.
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