A filha da antiga lei
* Por Adélia Prado
Deus não me dá sossego.
É meu aguilhão.
Morde meu calcanhar como serpente,
faz-se verbo, carne, caco de vidro,
pedra contra a qual sangra a minha cabeça.
Eu não tenho descanso neste amor.
Eu não posso dormir sob a luz do Seu olho que me fixa.
Quero de novo o ventre de minha mãe,
sua mão espalmada contra o umbigo estufado, me escondendo de Deus.
* Por Adélia Prado
Deus não me dá sossego.
É meu aguilhão.
Morde meu calcanhar como serpente,
faz-se verbo, carne, caco de vidro,
pedra contra a qual sangra a minha cabeça.
Eu não tenho descanso neste amor.
Eu não posso dormir sob a luz do Seu olho que me fixa.
Quero de novo o ventre de minha mãe,
sua mão espalmada contra o umbigo estufado, me escondendo de Deus.
* Adélia Prado é uma das principais poetisas brasileiras da atualidade, autora de vários livros de sucesso. .
Hoje é o aniversário desta extraordinária poetisa mineira, cuja obra tanto me encanta e me fascina. Quanto mais leio seus poemas, mais quero lê-los. Merece nossa reverência e nossos votos de muitos e muitos anos de vida,e produzindo estas maravilhas de refinadíssima sensibilidade.
ResponderExcluirLer Adélia Prado, é uma boa, por deixar sempre, sempre melhor um dos destinos mais procurados pelos leitores. Não podemos esquecer dos efeitos poéticos que nos fortalece.
ResponderExcluirParabéns, querida poetisa!