Pós-jogo. pós-campeonato, pós-ano...
* Por Renato Manjaterra
Não sei o que eu fui fazer naquele frio chato com vento forte em 26 de outubro à noite no Majestoso. Não sei mesmo. Não sei se eu fui vaiar, se fui xingar, se fui torcer contra ou se fui achando que ia ver alguma coisa diferente do que eu vi.
Vi uma meia dúzia de heróis. Acho que menos do que os 2 mil anunciados. Meia dúzia de gentes que passam frio para simplesmente ver a Ponte. Independente de qualquer perspectiva.
Outra coisa que eu vi foi uma faixa em que estava escrito: PONTE AME-A OU DEIXE-A, imitando a torpe campanha da ditadura. Mas, dentro desse contexto, justa. Exatamente o que eu queria dizer para o Presidente e para o ex-líder da maior organizada do interior do país. E o mais animador é que a faixa estava bem na Torcida Jovem – um dos últimos focos de apoio ao Sérgio Carnielli junto à massa alvinegra.
Acho que ninguém saiu de casa naquela noite fria (sob protestos, ironias e desconfianças dos familiares em casa) para xingar ou gritar “olé” para o adversário da Ponte, muito menos para protestar e enfrentar uma Polícia Militar medíocre, despreparada, vendida e que vai para o Estádio sempre em busca de confusão e violência.
Mas é inevitável. No primeiro tempo já tinha gente na minha frente chamando jogador da Ponte de filho da puta. Normalmente eu acho esses tipos de pessoas recalcadas que azedam o clima no time, mas nessa noite eu me liguei no quanto seria ridículo eu defender o jogador. Um senhor que tinha mais o que fazer com seus cinco reais e com a sua noite de terça, que tem uma história junto à Ponte – todos lá seguramente tinham – xingando um desses que nos deixaram na mão... faltava eu comprar a do jogador!
Sei que no comecinho do segundo tempo eu estava gritando “acabou juiiiiz”. Ironia? Claro.. Mas sempre com um pouco de sentimento verdadeiro. Eu queria que o juiz apitasse o final para eu ir descansar em casa agasalhado. E não era o final do jogo que eu estava esperando não. Queria um apito do juiz que terminasse logo esse campeonato, esse ano, esse mandato do Carnielli.
E se você estava esperando algo sobre futebol, veio ao lugar errado.
Nota do Editor: Renato Manjaterra é a voz do torcedor interiorano no Literário.
* Jornalista e escritor, webdesigner, colunista esportivo, pontepretano de quatro costados, autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com
* Por Renato Manjaterra
Não sei o que eu fui fazer naquele frio chato com vento forte em 26 de outubro à noite no Majestoso. Não sei mesmo. Não sei se eu fui vaiar, se fui xingar, se fui torcer contra ou se fui achando que ia ver alguma coisa diferente do que eu vi.
Vi uma meia dúzia de heróis. Acho que menos do que os 2 mil anunciados. Meia dúzia de gentes que passam frio para simplesmente ver a Ponte. Independente de qualquer perspectiva.
Outra coisa que eu vi foi uma faixa em que estava escrito: PONTE AME-A OU DEIXE-A, imitando a torpe campanha da ditadura. Mas, dentro desse contexto, justa. Exatamente o que eu queria dizer para o Presidente e para o ex-líder da maior organizada do interior do país. E o mais animador é que a faixa estava bem na Torcida Jovem – um dos últimos focos de apoio ao Sérgio Carnielli junto à massa alvinegra.
Acho que ninguém saiu de casa naquela noite fria (sob protestos, ironias e desconfianças dos familiares em casa) para xingar ou gritar “olé” para o adversário da Ponte, muito menos para protestar e enfrentar uma Polícia Militar medíocre, despreparada, vendida e que vai para o Estádio sempre em busca de confusão e violência.
Mas é inevitável. No primeiro tempo já tinha gente na minha frente chamando jogador da Ponte de filho da puta. Normalmente eu acho esses tipos de pessoas recalcadas que azedam o clima no time, mas nessa noite eu me liguei no quanto seria ridículo eu defender o jogador. Um senhor que tinha mais o que fazer com seus cinco reais e com a sua noite de terça, que tem uma história junto à Ponte – todos lá seguramente tinham – xingando um desses que nos deixaram na mão... faltava eu comprar a do jogador!
Sei que no comecinho do segundo tempo eu estava gritando “acabou juiiiiz”. Ironia? Claro.. Mas sempre com um pouco de sentimento verdadeiro. Eu queria que o juiz apitasse o final para eu ir descansar em casa agasalhado. E não era o final do jogo que eu estava esperando não. Queria um apito do juiz que terminasse logo esse campeonato, esse ano, esse mandato do Carnielli.
E se você estava esperando algo sobre futebol, veio ao lugar errado.
Nota do Editor: Renato Manjaterra é a voz do torcedor interiorano no Literário.
* Jornalista e escritor, webdesigner, colunista esportivo, pontepretano de quatro costados, autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com
Nesses tempos bicudos onde somente as lembranças
ResponderExcluirdos áureos tempos do mengão me alegram, fico pensando
no valor de um pobre torcedor...
AFE!
Abração
dia desses estava ouvindo a tv dizer que um ex chefe de organizada colocou pra fora do clube o maior ídolo de sua história e pensei "po, olha a política da Ponte no SPORTV"... era o Flamengo!
ResponderExcluirEngraçadas essas comparações, essas coincidências... Coisa de time de massa, de time de camisa "pesada"!