quinta-feira, 4 de novembro de 2010




E o País enfim respira aliviado

* Por Fernando Yanmar Narciso



Foi uma gestação difícil. Por mais ou menos quatro anos, nosso futuro ex-presidente Coroné Lularico Paraguaçu começou o parto da candidatura de seu papagaio-de-pirata e nossa futura presidenta, a daminha de ferro Dilmareth Thatcher. A primeira mulher a usar a faixa presidencial no Brasil… Dá pra acreditar? Claro que não! Mas é melhor que nos acostumemos a essas vitórias contra o preconceito. Podem escrever: em 2014 elegeremos uma asiática lésbica ateia anã e cadeirante.
Não foi uma disputa nem fácil nem prazerosa de acompanhar. Simplesmente não houve sintonia entre candidatos e eleitores, tampouco paixão, e foram tantas reviravoltas surpreendentes que não surpreenderam ninguém, tanta baixaria e puxão de cabelo entre os candidatos que o povo brasileiro, que se amarra numa novela, não teve outra escolha a não ser arrastar Dilma e Serra para o 2º turno. Só que ninguém contava que essa novela pudesse ser mais chata do que “Viver a Vida”. Certas pessoas têm razão. O 2º turno devia durar só duas semanas, não importa pra qual cargo. Se todo mundo desliga a TV na hora do “otário eleitoral”, pra que os marqueteiros precisam fingir que tá todo mundo antenado nas maravilhosas propostas dos candidatos e arrastar a pindoba por um mês inteiro?
Anyway, como todo mundo já sabia, Travestilma chegou ao poder no último dia 31. As piadinhas envolvendo nossa nova presidenta e o dia de Halloween são inevitáveis, eu sei… Às 22:00 desse domingo, ela subiu em palanque para fazer o já tradicional discurso péla-saco de fim de campanha. Por intermináveis 25 minutos – e olha que ela disse que não queria se exceder – Dilma fez exatamente a mesma coisa que fez durante toda a campanha: Teceu palavras bacharelescas e de linguagem empolada, geladas e desprovidas de qualquer emoção, que fariam até um manequim bocejar. Emoção, apenas no obrigatório agradecimento ao Lula.
No geral, o discurso foi pasteurizado e lotado de jargões “tucanísticos”, parecendo ter sido escrito a 16 mãos, tal qual um samba-enredo de escola de samba. Só nos resta saber quem serão os dançarinos.
Boa sorte no seu governo, golpe publicitário Roussefff!

* Fernando Yanmar Narciso, 26 anos, formado em Design, filho de Mara Narciso, escritor do blog “O Blog do Yanmar”, http://fernandoyanmar.wordpress.com

4 comentários:

  1. É Fernando, Dilma foi eleita.
    Eu torço para que seja um governo voltado
    para quem precisa de fato, que as promessas
    sejam honradas.
    Sei que posso lhe parecer ingênua ou simplória
    mas, não vou torcer contra, seria no mínimo
    insensatez.
    Abração

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  2. Vamos ver, Fernando!
    Ela deve ficar atenta à trajetória dos políticos, porque suas alianças comprometem, e muito, o futuro em prol do social.
    Abração do,
    José Calvino
    RecifeOlinda

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  3. A democracia ganhou com as eleições. Estamos todos aliviados, porque o segundo turno foi um porre. Melhor dizendo, foi uma campanha sórdida. Quanto a arrancar cabelos, esta parte foi impossível. Serra não tem cabelos, e Dilma usou peruca numa parcela do tempo desses quatro anos. Deve ser por isso que passaram logo para o argumento mais convincente: dedo no olho.

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  4. É muito bom saber que um jovem como você está atento ao processo eleitoral, Fernando. Muita gente acha que os jovens de hoje são alienados, e sempre botei e boto a maior fé na juventude. Acho que ela está serena, calma, porque não há nenhuma grande causa a defender, mas se houver, acredito que os jovens exercerão papel semelhante ao que a juventude de 68 exerceu.
    Forte e fraterno abraço.

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