Projetos, projetos, projetos...
* Por Cacá Mendes
No tempo de minha vida lá em Monte Belo, MG, quando mal conseguia ser mais alto do que um rodapé, diziam todos aos ventos e sóis mais ou menos isto: quem bate esquece, quem apanha alembra (assim mesmo com “a” na frente). Ora, esta máxima de apanhador, pode soar um tanto piegas – e soa mesmo – mas é inegável que nos termos filosóficos dos populares, interpretando um ou outro saber, raramente o povo se engana. O meu escrever sobre e acerca, é para desentalar da minha garganta um choro que para o nunca se fez, a não ser em lembrança de tapanhado na surra do sentido que eu quero dar. Explico, excrevo, dexcrevo, expenico, tudo com e no xis, para o cravar ficar no marco dos autos, em definitivo, esticado em berço esplêndido, e erguido nos meus modestos espólios – para o quando for a hora, voraz e assaz, claro, bem longe de mim e daqui, satanás!
Na volta e no voltando, no prosseguimento disso e disto, estendido com meu gemido guardado de surrado de coisas que ameacei, lá adiante no meu dizer, agora eu digo de vez e pronto. Ponto. Olha, habituado que andamos todos nós que trabalhamos com fazeres artístico-culturais e tais, a enviar projetos e gerais, propondo parcerias ou pleiteando alguma verba de patrocínio, justa, ou propondo espetáculos a órgãos e ademais, ficamos no sempre bastante no assaz abalados – eu fico demais – quando se envia um a alguém que é o diz-que-diz (por vezes até bem próximo da gente, raspando em corpo nosso, de tanta proximidade!) e nunca mais o FDP dá as fuças ou manda notícias do tal do projeto (aliás, como fala um amigo de tempos do interior de São Paulo: esse negócio de projeto, projeto, projeto, projeto, num aguento mais!!! Nem me fala nisso mais, sô!!!) e aí, saudade do planejado enviodeprojeto (junto mesmo, no erro está certo) é palavra pouca, pra ser bem em claro no puto que fico comigo no umbigo de ter certo diz-que-diz, raspando no em mim do corpo, como amigo, arre!
-Ainda te mato no meu peito pra sempre, cara, ah, me te mato mesmo.
(Por que não vou no meu viver pensando sempre nessa espécie de coça que meu corpo em consciência sempre fica com a falta de resposta que me ofereceram, até! Oxa, oxa. Quem bate esquece, quem apanha alembra, diz a filosofia popular da minha terra... Daí, que ódio de filosofia, que ódio, que ódio, ódio de todas elas).
Poderia dar muitos exemplos recentes, aqui, de coças que tenho levado, ou de coças que tenho presenciado. Todavia, diante do iminente risco do descambo para as lamentações de um surrado... Bom, prefiro botar um ponto final aqui. Nem que seja um ponto provisório, de improviso, no até de outro dia qualquer dessa vida.
No mais, nossa memória é imensa, imensa, imensa. Oxalá.
* Jornalista – blog: www.cronicaseg.blogspot.com
* Por Cacá Mendes
No tempo de minha vida lá em Monte Belo, MG, quando mal conseguia ser mais alto do que um rodapé, diziam todos aos ventos e sóis mais ou menos isto: quem bate esquece, quem apanha alembra (assim mesmo com “a” na frente). Ora, esta máxima de apanhador, pode soar um tanto piegas – e soa mesmo – mas é inegável que nos termos filosóficos dos populares, interpretando um ou outro saber, raramente o povo se engana. O meu escrever sobre e acerca, é para desentalar da minha garganta um choro que para o nunca se fez, a não ser em lembrança de tapanhado na surra do sentido que eu quero dar. Explico, excrevo, dexcrevo, expenico, tudo com e no xis, para o cravar ficar no marco dos autos, em definitivo, esticado em berço esplêndido, e erguido nos meus modestos espólios – para o quando for a hora, voraz e assaz, claro, bem longe de mim e daqui, satanás!
Na volta e no voltando, no prosseguimento disso e disto, estendido com meu gemido guardado de surrado de coisas que ameacei, lá adiante no meu dizer, agora eu digo de vez e pronto. Ponto. Olha, habituado que andamos todos nós que trabalhamos com fazeres artístico-culturais e tais, a enviar projetos e gerais, propondo parcerias ou pleiteando alguma verba de patrocínio, justa, ou propondo espetáculos a órgãos e ademais, ficamos no sempre bastante no assaz abalados – eu fico demais – quando se envia um a alguém que é o diz-que-diz (por vezes até bem próximo da gente, raspando em corpo nosso, de tanta proximidade!) e nunca mais o FDP dá as fuças ou manda notícias do tal do projeto (aliás, como fala um amigo de tempos do interior de São Paulo: esse negócio de projeto, projeto, projeto, projeto, num aguento mais!!! Nem me fala nisso mais, sô!!!) e aí, saudade do planejado enviodeprojeto (junto mesmo, no erro está certo) é palavra pouca, pra ser bem em claro no puto que fico comigo no umbigo de ter certo diz-que-diz, raspando no em mim do corpo, como amigo, arre!
-Ainda te mato no meu peito pra sempre, cara, ah, me te mato mesmo.
(Por que não vou no meu viver pensando sempre nessa espécie de coça que meu corpo em consciência sempre fica com a falta de resposta que me ofereceram, até! Oxa, oxa. Quem bate esquece, quem apanha alembra, diz a filosofia popular da minha terra... Daí, que ódio de filosofia, que ódio, que ódio, ódio de todas elas).
Poderia dar muitos exemplos recentes, aqui, de coças que tenho levado, ou de coças que tenho presenciado. Todavia, diante do iminente risco do descambo para as lamentações de um surrado... Bom, prefiro botar um ponto final aqui. Nem que seja um ponto provisório, de improviso, no até de outro dia qualquer dessa vida.
No mais, nossa memória é imensa, imensa, imensa. Oxalá.
* Jornalista – blog: www.cronicaseg.blogspot.com
Cacá
ResponderExcluirHouve um tempo em que tanta gente se dirigia a mim com projetos, que um dia, cansada de tantos, desejei conhecer alguém que não tivesse projeto algum. Apenas vivesse. Apenas me procurasse por mim...
Mas entendo sua decepção. Quem recebe um projeto tem (até por educação) o dever de dar alguma resposta ao interessado.