sábado, 3 de outubro de 2009




Até logo, companheiro

Por Serguei Iessiênin

Até logo, até logo, companheiro,
guardo-te no meu peito e te asseguro:
o nosso afastamento passageiro
é sinal de um encontro no futuro.

Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo.

Nota: Este é o último poema escrito por Iessiênin, com o próprio sangue, em 1925, ao se suicidar, cortando os pulsos e se enforcando em seguida. Tradução de Augusto de Campos.

2 comentários:

  1. Esse poeta superior não suportou a truculência da revoluçao e ... matou-se!!! Mas o eco da sua sensibilidade refinadíssima impõe que se exclame sempre e sempre: Viva Iessiênin!

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  2. Terrível e ao mesmo tempo maravilhoso!

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