

A ilha das sereias
Por Rainer Marie Rilke
Quando os anfitriões, seus bons amigos,
já tarde, ao retornar no fim do dia,
indagavam das provas e perigos
porque passara, ele não sabia
como alertá-los, que palavra rude
ele usaria para reviver
no mar que o azul reveste de quietude,
o dourado das ilhas de prazer
cuja visão faz com que até o perigo
mude de forma: não mais no castigo
e no furor do vento costumeiros;
no silêncio ele atinge os marinheiros,
que sabem que nos pélagos extremos
daquelas ilhas de ouro acha-se o canto;
que ele, às cegas, se agarra aos remos,
sitiados pelo encanto
Do silêncio, como se ele ocupasse
todo o espaço que existe
e a sua outra face
fosse esse canto a que ninguém resiste.
Por Rainer Marie Rilke
Quando os anfitriões, seus bons amigos,
já tarde, ao retornar no fim do dia,
indagavam das provas e perigos
porque passara, ele não sabia
como alertá-los, que palavra rude
ele usaria para reviver
no mar que o azul reveste de quietude,
o dourado das ilhas de prazer
cuja visão faz com que até o perigo
mude de forma: não mais no castigo
e no furor do vento costumeiros;
no silêncio ele atinge os marinheiros,
que sabem que nos pélagos extremos
daquelas ilhas de ouro acha-se o canto;
que ele, às cegas, se agarra aos remos,
sitiados pelo encanto
Do silêncio, como se ele ocupasse
todo o espaço que existe
e a sua outra face
fosse esse canto a que ninguém resiste.
Rilke! Rilke! Rilke! Esse cara é tão pré-socrático que me emociona sempre. Como é vasto! Tem olhos que viram tudo, tudo!
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