Ignomínia
* Por
Dairan Lima
Hei
de matar-te um dia.
Não
dessas mortes cotidianas.
Hei
de matar-te aos pouquinhos.
Sangrando
devagarinho.
Te
fazendo morrer.
E
essa dor que hás de sentir
Será
igual à minha já defunta.
Não
sentirei pena nem nada.
Terei
nos lábios apenas
Esse
sorriso gelado dos sádicos
Que
sentem orgasmos com o sofrimento do amado.
Depois
estarei refeita.
E
colocar-te-ei num ataúde frio.
Ainda
levarei flores todos os dias.
Rogarei
a Deus por teu perdão
E
me masturbarei com a lembrança tua.
*
Poetisa
tocantinense
Nenhum comentário:
Postar um comentário