Querosene
* Por
Pedro Tierra
Nunca
se soube
se por fome,
sede
o pura danação.
se por fome,
sede
o pura danação.
Foi
apanhado
estendido sobre o ladrilho da taverna
mamando querosene
na torneira do tambor.
estendido sobre o ladrilho da taverna
mamando querosene
na torneira do tambor.
Adquiriu
desde então
em tom esverdeado,
guenzo
e uns olhos iluminados
como se tivesse tragado
as nascentes da lua.
em tom esverdeado,
guenzo
e uns olhos iluminados
como se tivesse tragado
as nascentes da lua.
Os
meninos da rua
lhe atiravam fósforos
para conferir se acendia,
querosene.
lhe atiravam fósforos
para conferir se acendia,
querosene.
Livro
“O Porto Submerso”. Brasília: Edição do Autor, 2005.
*
Pseudônimo do poeta Hamilton Pereira.
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