sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Circo, mundo de fantasias

* Por Wanderlino Arruda

Há pouco tempo, em Mirabela, 
fui a um circo pobrezinho, 
lona quase caindo aos pedaços, 
um chão poeirento de fazer  dó,
arquibancadas mais velhas que o vendedor de ingresso. 
A trapezista e o equilibrista, coitados,  
a gente não sabia se admirava ou tinha pena... 
Parecia até a história do circo do Adauto Freire, 
estória de um circo que acabou em Bocaiúva,
que ele contava com muita graça ! 


O circo, um acontecimento adorável, 
quanta saudade renova na gente! 
O que estava, em Mirabela, também era um circo!
Era um circo. E tinha palhaço!  

E um palhaço, velho ou novo,
mesmo descalço como o daquele pobre circo,
em maravilhosos trejeitos,
representa um mundo de fantasias,
é acridoce  poesia de sofrimento,
redesenho e halo de ilusão.


Um palhaço, sabendo ganhar 
e com esportiva  sabendo perder,
é o que mais representa o circo, 
um pouco de tudo que deveríamos ser, 
para nunca deixarmos de ser felizes...



* Escritor, advogado, político e professor, radicado na cidade de Montes Claros, tendo sido o idealizador e primeiro presidente do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas.

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