Poema
e poesia
* Por
Betha Mendonça
Acabou
a poesia que me sustinha a fé nos dias, e corria bicho solto pelas
campinas do meu querer. Aquele que rolava em novelos de prazer pelas
ladeiras dos sentimentos, bolhas d’água e sabão, delicadezas a
explodirem em festas no ar.
Triste ver um poema espalhado pela casa, mãos perdidas dos dedos pelos cômodos, sem poder na pena e tinta tomar vida.
E um grito canta da sala à varanda, uma música cai do piano, uma lágrima alimenta o aquário e a alegria sai pela porta da frente. Na soleira um sorriso sem viço sobre o tapete de boas vindas.
Tudo por causa daquele nome retido na boca, que feito um livro guardou as palavras, e, levou consigo os meus versos. Sem ele não existe poesia que valha um poema.
*
Poetisa paraense.
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