sábado, 16 de setembro de 2017

Pixinguinha

* Por Clóvis Campêlo

Este texto visa tão somente homenagear o compositor Pixinguinha no dia do seu nascimento.

Foi no dia de hoje, Dia de São Jorge, que Alfredo da Rocha Viana Filho nasceu na cidade do Rio de Janeiro.


Segundo a Wikipédia, Pixinguinha era filho do músico Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos. Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Vianna). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.

Ainda segundo a Wikipédia, Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.

Considerado hoje como um dos maiores compositores da música popular brasileira, na sua época Pixinguinha pagou o preço da excessiva modernidade como compositor. Algumas composições suas, como Carinhoso (1916-1917) e Lamentos (1928), foram consideradas excessivamente influenciadas pelo jazz. Por sinal, essa mesma crítica, anos depois, seria feita por alguns analistas mais radicais às composições do maestro Tom Jobim. Ambos sobreviveram e conquistaram o reconhecimento merecido.

Pixinguinha faleceu no dia 17 de fevereiro de 1973, Dia de Santo Aleixo Falconieri, um dos fundadores da Ordem dos Servidores de Nossa Senhora, santo de poucos devotos no Brasil.

Aos 72 anos de idade, morreu na Igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando se preparava para ser padrinho de um batizado. Em várias biografias suas consultadas na internet, não conseguimos identificar quem seria o felizardo a ter Pixinguinha como padrinho de batismo.

Pixinguinha passou os últimos anos da sua vida no bairro de Ramos, que adorava e foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.

Ao grande compositor, nossa singela homenage
m.


* Poeta, jornalista e radialista.


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