Um colchão de palha no Rio dos Macacos
* Por Paulo Bertran
Leito
de palha.
Urge
o vento, venta o frio, descem das telhas
os
fios de luz, tessitura do dia incorpóreo.
Jovens,
nus, bonitos,
fixos,
eternos, na fotografia proibida.
Vento
frio. Nas cobertas puxadas perdura
o
cheiro dos sexos, percorre o país, o mundo,
fixará
no nó dos dedos
do
jovial doutor empunhando a caneta
entre
as dez inspirações da noite.
Sejamos
indecentes.
Lá
longe os sinos de Meia Ponte
ainda
estreitam a noite de Cavalcante...
Nada
consola o corpo ferido de paixão.
* Poeta e historiador goiano, autor do livro “Sertão
do campo aberto”, Verano Editora.
Bom de ler e de imaginar. Deixa a cacofonia minha pra lá.
ResponderExcluir