sexta-feira, 3 de abril de 2015

Terroristas de causas próprias


* Por Eduardo Oliveira Freire


Este caso do copiloto alemão me faz pensar na existência de um terrorista que não é ligado a uma religião ou a questões políticas, vive em seu próprio mundo e decide deliberadamente colocar seus planos psicóticos em prática.

Pode ser um caso isolado, mas, já assisti vários casos, inclusive no Brasil, na escola de Realengo, a frequência que estes episódios ocorrem ao longo dos anos. Logo, não acho que é uma ocorrência tão isolada assim.

E não só os psiquiatras devem estudar este comportamento. As autoridades mundiais e cientistas sociais precisam analisar os motivos que levam indivíduos a praticarem atos bárbaros por motivos aparentemente subjetivos e herméticos.

Outra questão: este tipo de "terrorismo" é muito mais imprevisível do que o ligado às facções religiosas e políticas que são bem ou mal mapeadas. Mas, estes terroristas de “causas particulares” são muito mais complicados, pois como se pode monitorá-los se são muitas vezes cidadãos pacatos e de conduta “exemplar”?

Portanto, vem a discussão da liberdade e da segurança. Não se pode ser livre se não existir segurança. Por outro lado, para ter segurança precisa-se se abdicar um pouco da liberdade.

Este ponto é bem complexo hoje em dia, porque se se optar exageradamente por mais segurança, não se tem privacidade e se viverá em uma ditadura. Entretanto, deve-se refletir sobre a segurança de como é também importante. Sem ela como se pode usufruir dos direitos básicos do indivíduo como, por exemplo, de ir e vir a qualquer lugar?

Enfim, estou preocupado com o rumo do mundo. E com o fato de que no ano que vem terá Olimpíada aqui no Rio de Janeiro. E a pergunta que não quer sair da minha cabeça: Será que estamos preparados para este tipo de coisa? Senhor proteja-nos POR FAVOR.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/


Um comentário:

  1. Lidar com a própria loucura não é uma atividade que dá prazer. Depois de grande sofrimento, a ebulição do caos resultou em despedaçar a si e aos outros.

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