quarta-feira, 29 de abril de 2015

Teia


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


Namoro a teia que
a aranha tece.
Espio a armadilha
camuflada entre as
flores de um vermelho
tão vivo, que embriaga
a mim mesma.
Uma pequena borboleta
se agita na teia, diante
da aranha que pacientemente
se permite ao sono
para mais  tarde degustar
sua presa com a consciência
tranquila de quem não
sabota, nem engana,
apenas segue seus instintos.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. Boa, Núbia. A aranha faz sua armadilha, fica na espreita, mas sente que não "sabota, nem engana". Coisas da flexibilização das normas pelas conveniências. Assim é, se lhe parece.

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